sábado, 5 de setembro de 2009

Matéria - Victor Cahú, Acustico e Pelo Mundo


Depois de seis anos na banda Terceira Edição, Victor Cahu decidiu abandonar a banda, e seguir um outro caminho. Se mudou para Portugal e começou a gravar seus passos e suas novas composições com um celular.
Surgiu então o projeto “Acústico e Pelo Mundo”. Victor explica como surgiu a idéia do projeto: “O grande lance do meu relacionamento com a música sempre foi o trabalho de composição... é a vertente do processo que mais gosto de fazer e que faço melhor, e a mais de 10 anos que tenho trabalhado nesse sentido. Mas dentro desse meu universo autoral existem diversas criações que não preenchiam o perfil da Terceira Edição, entre elas coisas mais folks, acústicas, leves, tensas e pessoais, que gostava de cantarolar aqui e aculá, mas que não tinham espaço dentro da 3E. E com a minha decisão de sair da banda para viajar pelo mundo, resolvi pegar todo esse material inédito para começar o que seria um “registro musical de viagem” onde, de forma rústica e acústica, apenas com um violão e uma câmera de celular, eu registraria essas canções em vídeo, tendo como pano de fundo algum novo cenário das cidades por onde passar. Uma forma simples e prática de registrar meus dois atuais objetivos: continuar compondo e viajando. E todos esses momentos registrados estão disponíveis, para quem tiver curiosidade de conhecer, no meu MySpace!”
América do Sul e Europa são continentes diferentes, com costumes diferentes. Victor conta como está sendo o processo de adaptação no Velho Continente: “Ainda não conhecia o velho continente... e tinha uma curiosidade enorme de poder desbravar isso aqui! Tenho família na região e meu pai é português inclusive, mas não tinha tido essa oportunidade. E até o momento tem sido tudo muito fantástico! Estou em Lisboa atualmente e a cidade é muito bonita, prática e tranquila! Existem várias coisas com as quais preciso me adaptar ainda, como expressões de linguagem, costumes e ao jeito mais “seco” do povo português, mas a vida é isso, um eterno processo de adaptação e aprendizado, e estou curtindo muito! Inclusive montei um diário de viagem no meu fotolog, com fatos e curiosidades locais que tenho visto nas minhas andanças! Se puderem, passem por lá, pois está bem engraçado!”
E ainda conta quais as maiores diferenças que notou entre Brasil e Portugal: “Existem diversas diferenças! Muitas mesmo! Por isso que montei esse diário de viagens que mencionei acima, para poder fazer esse comparativo cultural entre as duas nações. O rock daqui é bem diferente, tem muita banda cantando em inglês, e quando alguma canta em português, o sotaque e a escrita local dão toda uma entonação diferente, ruim de escutar e compreender de primeira. Percebo um grande consumo da cultura brasileira aqui, seja por novelas ou pela música, mas também percebo um grande “receio” com brasileiro por parte de alguns portugueses. Em estrutura, o país dá um show de praticidade e organização, mas fica devendo bastante no quesito calor humano. E assim vai... ainda sou um novato por aqui, vou aprender muita coisa ainda!”
Seis anos na banda Terceira Edição, com certeza rendeu muita história a Victor e aos demais integrantes: Thiago Régis, Thiago Régis, Tiago Mago e Vinícius Frota, que ainda seguem com a banda. Victor conta qual foi o momento mais “surreal” que viveu com a 3E: “Putz! Foram 6 anos de história né? Vivi tudo que podia, desde o começo como um trio, em que eu era o vocalista. As primeiras demos, os primeiros shows para pouquíssimos conhecidos… até o lançamento dos dois discos. Os shows grandes de abertura para artistas que admirávamos… indo até a mudança pra São Paulo e toda essa nova adaptação. Não dá exatamente para dizer “o” momento mais surreal. Mas uma das lembranças que tenho mais carinho foi de um show que fizemos em Pesqueira, interior de Pernambuco, no circuito do frio de 2006! Putz, uma terra onde o rock não é nem de longe algo popular e nós abrimos para o Paulo Ricardo com 10 000 pessoas nessa praça assistindo o nosso show, a galera tava insana, o som tava foda! Lembro que naquela noite vendemos uns 80 exemplares do nosso primeiro disco! Impressionante mesmo!”



Saiba mais em:
MySpace - http://www.myspace.com/victorcahu

Fotolog - http://www.fotolog.com.br/victorcahu



Foto - Rafael Kent


Um comentário:

Lucas de Carli disse...

No quesito 'intergrantes da banda que ficaram' houve um erro: Foi repetido o nome do Thiago Régis, quando se deveria colocar o Guerra, baterista.