segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Matéria - O Dia Mais Feliz: Paramore


A saga de uma fã até o show da banda Paramore, dia 23.10.08. Por Laís Fermino.


Chegou o grande dia. A espera ansiosa de meses, finalmente aconteceu. Para poder chegar a São Paulo, no Credicard Hall não foi fácil. Sai do interior de SP, Araraquara, acompanhada de uma amiga, a Isadora que estava indo escondida dos pais ao show comigo. Passamos o dia e a noite de quarta feira super nervosas e decidimos ir ao lugar onde a nossa van sairia na madruga rumo ao show. Minha mãe nos levou, e chegando lá, ficamos em choque. Quando vi a menina que estava organizando a van percebi que a conhecia desde pequena, havia muitos anos, mas perdemos o contato e não nos falávamos mais. A outra garota que organizava a van, Isabela, foi super empolgada com nós duas. Mas o resto do pessoal pareceu não ir muito com nossa cara, mas tudo bem, poderia ser nossa impressão, só eu isso aumentou ainda mais nosso nervosismo.

Eu ficaria na pista, sozinha, e minha amiga no camarote. Eu comecei a ficar desesperada com essa idéia, pois certamente iria ser pisoteada. Mas, depois de uma ligação, o Tiago, conseguiu camarote para mim, e eu fiquei muito grata e bem mais aliviada.

Levantamos as 03h30min da matina, e fomos até a saída da van. Era para termos saído as 05h00min, porém o motorista atrasou e saímos quase 6:00

Viagem mega cansativa, e chegamos ao Credicard Hall, cerca de 10:00 da manha, onde havia muitas pessoas, muita ansiedade, muito nervosismo, muito calor, e muito sol. Eu e minha amiga socamos tudo o que podíamos em uma bolsa minúscula e fomos em direção a fila do local. Na verdade, não precisaríamos ficar na fila da pista, mas como havia revezamento na fila e somos legais, ficamos na fila para eles no sol do meio dia, com a ajuda de uma sombinha. A Isadora, estava muito, mais muito nervosa e ansiosa, nossos ingressos não estavam conosco e teríamos que encontra o Tiago fora do Credicard, bem longe dali, e teríamos que fazer isso SOZINHAS, isso porque somos do interior nessa MEGA cidade. Mas eu já estava mais calma e sentia que daria tudo certo, com a ajuda de uma amiga que lá encontramos, a Tamiris, ela nos levou e acompanhou no trem de Santo Amaro. Logo mais eu e a Isa, pegamos a ‘ponte orca’ que nos levaria até o metro da Vila Mariana, que chegaria até a Consolação, onde descemos e finalmente encontramos o Fah , o Tiago, o Alan e a Manu. Estávamos mortas e não víamos a hora de comer algo, pois estavamos o dia todo sem colocar nada na boca. Tive que passar numa farmácia compra band-aid, pois meus pés estavam cortados. Fomos a StarBuks, onde comemos e nos acalmamos, eu e a isadora nos arrumamos e junto com o pessoal, fomos fazer o caminho de volta ao Credicard Hall. Andamos bastante, pegamos ônibus lotado, nisso fomos conversando, dando risadas e só queríamos chegar ao show do PARAMORE. Depois de muito, mais muito tempo, chegamos lá, e vimos centenas de pessoas na fila, todos gritavam e os portões ainda não tinham sido abertos. Nisso, meu celular toucou, eram os pais da Isa, eles acaberam descobrindo que ela estava lá. A gente não sabia o que fazia, para meus pais, a mãe dela sabia, ela estava encrencada e eu também, mas não havia o que fazer, decidimos não deixar que aquilo estragasse nossa noite. Começou a chover, os portões abriram e houve uma histeria geral. Os ingressos de camarote meu, do Alan, da Isa e do Tiago, não estavam conosco ainda, e começamos a ficar nervosos, já eram 21:15 e o show estava marcado para ás 21:30. o Fáh, decidiu entrar, e nos continuamos a esperar. Finalmente, nossos ingressos chegaram com a Helena falamos tchau para a Manu, e fomos para a fila do camarote.

Quando entramos nele, meu coração não parava de bater acelerado, estávamos no camarote do MasterCard, que era lindo, eu fiquei muito feliz e grata por estar ali. Nossa cabine era a melhor de todas, ficava bem no meio em direção ao palco, e víamos tudo!

O show começou pouco tempo depois de entrarmos, cerca de 22:15, com a câmera na mão e inclinada na sacada do camarote eu me emocionava quando o Paramore subiu ao palco com a música ‘Born for This’, eu nunca gritei tanto na minha vida, não conseguia parar de sorrir, todos os problemas haviam sumido, e eu não via nada, a não ser o palco na minha frente. A segunda música foi a mais cantada pelo o público, ‘That’s what you get’, a Hayley (vocalista) deu um enorme sorriso quando viu todo o amor daquelas pessoas. A música mais esperada por mim foi ‘Decode’, que estará no filme ‘Crepúsculo’, que será lançado em dezembro. É o som mais novo deles e a minha favorita, junto com ‘For a pessimist, I’m pretty optimistic’, que foi incrível, com direito a flip de Jeremy. Depois dessa, veio ‘Misery Busines’, eu sabia que era a última e nessa, eu me acabei, pulei, dancei tanto que as dores e a rouquidão são os reflexos desse momento que eu jamais vou esquecer. O show foi muito, mais muito curto, e quando acabou, havia uma mistura em mim de felicidade, emoção, desapontamento, dor, e missão cumprida. Fiquei sem ação, e sem saber como reagir, acho que me tornei invisível para todos naquele camarote, peguei uma H2O e me sentei na cabine, enquanto todos ficaram na sala. Admirei o palco, e cada espaço que conseguia enxergar, tudo parecia mágico, e tinha acabado. Despedi das meninas que conseguiram o camarote pra mim, pra Isa, pro Alan e pro Tiago, saímos do camarote e na frente do Credicard Hall, eu e a Isa, nos despedimos do Alan e do Tiago, e fomos procurar o povo da van em baixo de chuva. Achamos onde eles estavam e esperamos a van chegar. Entrei nela muito cansada, e deixando uma parte de mim naquele local, pois sabia que ali eu tinha passado o melhor momento da minha vida. No transito de São Paulo, um amiga me ligou, a Fer, perguntando do show, e eu só conseguia dizer ‘Perfeito’. A viajem de volta foi um inferno, peguei um lugar péssimo na van, não tinha posição para descansar, só queria chegar em casa, ou poder sonhar com o que tinha acabado de ocorrer. Chegamos a Araraquara por volta das 04:15 da madrugada do dia 24, eu e a Isadora fomos deixadas perto de casa e fomos a pé até finalmente chegar. Nisso, sabíamos que estávamos mais encrencadas que tudo e pensávamos em um jeito de nos safar, mas não havia modo. Minha mãe abriu a porta de casa e eu só respirei fundo e taquei minha mochila no sofá, ela conversou um pouco com a gente e disse que os pais da Isa tinham ligado pra ela, e que eles estarem muito bravos, tal como meu pai, que não admitia que eu tivesse acobertado uma mentira. Conclusão: a Isa, como mora numa cidade aqui do lado, foi embora e até agora não tenho noticias dela, talvez ela saia da minha escola, o que vai ser péssimo. E eu...bem... não posso pedir nada até fInal do ano, e ano que vem se houver algum show, eu não vou. Só espero que a Fergie ou o Justin não venham, porque quem vai fugir de casa, sou eu. Ah, e outra, minha formatura de terceiro ano é ano que vem, e meu pai ameaçou não pagá-la pra mim. É... pois é, tudo tem uma volta não é? Sei que fiz coisa errada, não queria que eu e a Isa sofrêssemos por isso. Porém, estou realizada, e sinto que daqui em diante minha vida tem um sabor novo, percebi que a vida é feita de momentos e temos que curtir ao máximo, sempre respeitando quem está ao nosso redor. Josh, Hayley, Zac, Jeremy, Taylor, vocês certamente serão a a melhor imagem da minha adolescência. Vou me lembrar de tudo, de cada pessoa, cada fato, cada dor e de cada alegria que passei pra poder realizar meu sonho. Coisa boba? Você pode desprezar e achar isso ‘legal’, mas pra mim, isso não importa de verdade, o importante e que agora eu me encontrei e posso falar, eu fui no show da minha banda favorita e não há preço que pague o que eu sinto

Temos o que merecemos, e estava mais do que na hora de eu receber a minha felicidade! Que muitos momentos desses possam se repetir!


WE ARE PARAMORE!


Playlist do show:

“Born for this”
“That’s what you get”
“Here we go again”
“Whoa”
“crushcrushcrush”
“Let the flames begin”
When it rains”
“Emergency”
“Decode”
“Pressure”
“For a pessimist, I’m pretty optimistic”
“Misery business”



Foto – Bruno Massao (http://flickr.com/photos/brunomassao)

Saiba mais em:
Site oficial - http://www.paramore.net/
MySpace - http://www.myspace.com/paramore

Entrevista - Dallas.Ink


Ganhando bastante na cena independente, a Dallas.Ink vem conquistando seu público de forma rápida, através de suas músicas disponíveis no MySpace. Formada por Erika (vocal), Felipe (guitarra, vocais), Leon (guitarra, vocais), Donnz (baixo) e Cot (bateria), a banda vê na internet a principal forma de divulgar seu som e ses shows.
Confira agora o papo com a banda


Como se conheceram e como começou a Dallas.Ink?

Erika: Antes do Dallas.Ink, eu já havia tocado com o Donnz em outras bandas, somos amigos faz muito tempo, mas nenhuma delas dava certo. Quando entrei na faculdade, conheci o Felipe e começamos a compôr algumas músicas sem intenção alguma, até o dia que tivemos a idéia de formar uma banda. Foi aí que começou o Dallas.Ink. Já tinhamos uma vocalista, um guitarrista e um baixista..

Leon: Foi ai que conheci a Erika através de um amigo que sabia que eu estava procurando uma vocalista para formar uma banda. De primeira não rolou nada, mas depois de um tempo, ela me viu em um show no Hangar 110 e perguntou se eu estava disposto a tocar com eles. Como precisávamos de um batera, chamei o COT, porque já éramos amigos há muito tempo e sabia que era um ótimo baterista.


De que forma ocorreu o processo de composição e produção das músicas que estão no MySpace de vocês: ‘Pouco Tempo’, ‘Decor’ e ‘Outro Lado’?

Erika: Cada uma foi fluindo de um jeito, na “Outro Lado” os meninos fizeram toda a parte instrumental, ai eu com a ajuda do Felipe coloquei a linha de vocal, a letra e acertamos os detalhes. Na “Pouco tempo” eu contei com a ajuda de um grande amigo meu, ele fez algumas partes do instrumental, depois modificamos algumas coisas, colocamos a letra e finalizamos algumas coisas ainda na gravação... já na 'Decor' teve um dia que eu acordei muito inspirada, peguei o violão e ela foi saindo sem que eu pudesse controlar (risos)... depois a gente mudou alguns detalhes, com todo mundo junto também.


A banda tem uma página no MySpace e um fotolog. Qual a relação de vocês com a internet?
Erika/Donnz: Todas possíveis! (risos) É o maior meio de comunicação atualmente, a galera tem acesso fácil a músicas, fotos, vídeos, e assim podem conhecer melhor a banda! Quanto mais gente ficar sabendo da banda, mais essas pessoas vão indicá-la para os amigos, e a intenção é essa, queremos que todos conheçam as músicas, saibam cantar e acompanhem o nosso trabalho. Então realmente contamos com vocês!



Como vocês avaliam a cena underground atual?
Felipe/Cot: A cena atual está realmente recheada de boas bandas e parece que a cada dia surgem mais. O underground já não é mais como antigamente. As bandas vêm se profissionalizando e a cena está muito mais aparente. Temos bandas independentes com mais de 30.000 pessoas em suas comunidades do Orkut. Isso mostra que as bandas novas estão aí para inovar

O único problema talvez, é a falta de confiança nas novas bandas. Pelo fato da banda ser novidade, às vezes é necessário vender muitos ingressos antecipados como garantia de que haverá público no show. Apesar de não ser muito fácil vender ingressos devido aos preços e locais dos shows, esse esquema é válido por ajudar a banda a divulgar seu som a mais pessoas.



Foto - Bruno Massao (http://flickr.com/photos/brunomassao)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Matéria - McFly, a sensação inglesa


A história começa quando o então adolescente Tom Fletcher, se inscreveu num teste para uma banda que a agência NME, de Londres, estava formando. Tom foi reprovado no teste, mas elogiado pelos produtores.
Algum tempo depois, foram abertos testes para uma boyband, chamada V. Danny Jones, participou erroneamente, achando que os testes eram para uma banda de rock. Os produtores o reprovaram, mas gostaram de sua atitude (segundo eles, o primeiro a comparecer no teste pra uma boyband, com um violão). Tom então o convidou para escreverem músicas juntos, e daí surgiu uma amizade. Tal amizade resultou numa entrevista com a Universal Music. Tom e Danny foram se apresentar para os executivos da gravadora, dizendo ter em mente formar uma banda. Depois do contrato assinado, foram buscar os outros integrantes, no caso um baixista e um baterista. Acharam Harry Judd para a bateria e Dougie Poynter, na época com apenas 15 anos, para o baixo. O nome da banda surgiu em homenagem a Marty McFly, personagem do filme ‘De Volta Para o Futuro’.
Em 2004, foi lançado o primeiro single da banda, ‘Five Colours in Her Hair’, que chegou na primeira semana no topo das paradas inglesas. No mesmo ano, o álbum ‘Room on the Third Floor’, também atingiu o topo das paradas. Com este feito, a banda entrou no Guiness Book, por ser a banda mais jovem a ter o primeiro disco no topo das paradas britânicas, superando os Beatles.
Em 2005, foi lançado o segundo álbum, ‘Wonderland’, que repetiu o feito dos álbuns anteriores, provando que os garotos tinham talento. Ainda neste ano, a banda participou do filme ‘Sorte no Amor’, junto com a cantora e atriz Lindsay Lohan. Tal fime, fez sucesso no mundo todo, inclusive no Brasil.
Em 2006, o McFly fez dois lançamentos: o single ‘Please, Please’ e o terceiro álbum da banda ‘Motion in the Ocean’, que teve dois singles no topo da parada britânica.
Em 2007, a banda lança mais um single ‘The Heart Never Lies’, que também ficou no topo das paradas britânicas. No final de 2007, a gravadora decide lançar uma coletânea de grandes sucessos, ‘The Greatest Hits’, junto com um DVD homônimo.
Esse ano, a banda acaba de lançar seu quarto álbum de estúdio ‘Radio:Active’. A edição britânica do disco,
conta com 2 DVD´s bônus e um livro de 32 páginas. Porém a edição brasileira do álbum, será simples, ou seja, sem os bônus.
O McFly mantém sua formação desde o início, contando com Tom Fletcher (guitarra, piano, voz), Danny Jones (guitarra, voz), Dougie Poynter (baixo, voz) e Harry Judd (bateria, voz), e fez três show no Brasil no mês de outubro. Tais apresentações, realizadas em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, levaram os fãs a loucura e mostrou o McFly que todos queriam ver, empolgante do início ao fim.


Os fãs
A identificação da banda com seus fãs é enorme. Os fãs brasileiros, dão um show a parte, divulgando a banda para todos que podem. Confira o depoimento de alguns deles:

Pra mim, McFLY é A banda, não porque eu sou fã... mas qual é? vai escutar as músicas deles, as composições!É sem comparação, não tem como negar que eles são aquele tipo de banda que te faz tremer só de ouvir o som deles! Eles são a banda do momento, o nome desse quatro caras já marcou o mundo da música: Danny, Harry,Dougie e Tom. Eles são como Beatles, ninguém esquece jamais. Eles são a trilha sonora da minha vida, eles estão em todo o lugar, no meu computador, no meu mp4, no meu dvd, no meu rádio, mas principalmente no meu coração. Você os conhece e nunca mais esquece. O amor de uma fã como eu por McFLY é sim, inabalável!
Gabriela, Chapecó (SC)


McFly é como se fosse a trilha sonora de nossas vidas. Conseguem preencher cada singular momento com uma música diferente. Oferecem uma variedade tão grande de estilo, que sempre vai haver uma música que se encaixe perfeitamente com o que você está sentindo.
É legal ver como se divertem fazendo os clipes, e como conseguem nos divertir também ;)
E agora, com a gravadora independente, provaram que o que realmente importa é fazer a música na qual acreditam e gostam, sem influência de vendas ou agentes.
Ouço McFly, acima de tudo, por me sentir bem ao ouvir suas músicas!’
Raquel, Atibaia (SP)


‘Eu conheci McFly no fake, faz mais ou menos um ano, e desde então eu amo muito eles, eu acho que eles são uma banda maravilhosa , e não só pelos rostos bonitinhos , mas sim por que eles tem muito talento para mostrar; e tipo eles representam muito pra mim , porque sempre que eu não estou muito bem , eu escuto uma música deles e logo me animo. Enfim McFly é tudo pra mim’
Yara, Capão Bonito (SP)


Vavo
, guitarrista da banda Fresno (RS), também deu seu testemunho sobre o McFly:

Eu conheci o McFly quando o Lucas estava ouvindo uma música no quarto ao lado do meu (a gente morava junto na época). Era "All About You". Achei demais a música e perguntei a ele que banda era. Ele respondeu que era McFly, aí então eu fui no meu computador e baixei o cd deles, Just My Luck. Achei muito bom, tanto que vira e mexe escuto até hoje, mesmo mais de um ano depois. Gosto muito das melodias, é tudo muito bonito e bem produzido. Esses dias, sem querer, andando pelos canais, vi o filme deles e achei muito legal também.’



Até a semana que vem, com mais uma matéria. Abraços!



Saiba mais em:
McFly Addiction -
www.mcflyaddiction.com.br
MySpace - www.myspace.com/mcfly
Site Oficial – www.mcfly.com

Entrevista - Teoria do Caos


A Teoria do Caos, de Valinhos (SP), acaba de lançar seu primeiro clipe, ‘Como Um Perdedor’. Formada por Le Atkinson (vocal), Bruno Lencar (guitarra), B. (baixo) e Atus (bateria), a banda se concentra agora na gravação de seu novo disco.
Confira o papo com o vocalista Le.


Como vocês se conheceram e como começou a Teoria do Caos?

Fala galera, tudo certo? Antes de mais nada, valeu pela entrevista Edu, demorou mas saiu!

Nos conhecemos quando éramos pequenos e pentelhos, na época da escola. Crescemos juntos e evoluímos na música juntos. Cada um teve seus projetos, algumas bandas antes da Teoria. Fazíamos algum barulho aqui em Valinhos, nossa cidade natal, mas nada de muito sucesso. Por volta de 2005, eu e o Lencar estudávamos na mesma classe, no colegial, e vivíamos compondo, gravando algumas coisas sem pretensão. Um belo dia resolvemos fundar a Teoria do Caos com o propósito de tocar e divulgar nossa própria música, ao invés de se sujeitar ao martírio de ter uma banda de pop rock cover.


O disco 'A Incansável Fábrica de Ilusões', lançado em 2007, marca a estréia da banda no mercado fonográfico. Como foi o processo de composição e produção do disco?

A Incansável Fábrica foi um projeto muito ousado da nossa parte. Ainda éramos muito inexperientes, imaturos, mas diante de oportunidades como as aparições na MTV e propostas de selos e gravadoras independentes para o lançamento de um disco, sentimos que era o momento de lançar um material de qualidade. Nós criamos um contexto extremamente complexo, um enredo mirabolante por trás de tudo (que até hoje, acredito que só nós da banda consigamos ver), e nos internamos no ALV Studio em Campinas pra transformar tudo isso em música. Depois de um ano turbulento, muitas dificuldades pra terminar as gravações, um quase-fim da banda...conseguimos lançar o que nós consideramos a coisa mais bonita que cada um de nós já fez na vida toda. É um disco extremamente ambicioso, pretensioso. As músicas são muito fortes, e dizem muito a meu respeito, à história da minha vida. É um disco pra contemplar. Pra descobrir.



A banda tem um fotolog, uma página no MySpace e um site. Qual a relação de vocês com a internet?

A internet mudou o rumo da humanidade, e em todos os ramos de atividade, podemos ver benefícios e prejuízos causados por ela. No nosso caso, foi uma chance de mostrar a pessoas do mundo inteiro as músicas que fizemos aqui, na nossa casa. Isso é mágico! Desde o primeiro dia de vida da banda, somos independentes. E sendo independente, o que resta a uma banda é explorar caminhos diferentes dos da grande mídia e dos veículos mainstream. Hoje qualquer um pode criar sua banda, divulgar, vender shows, mostrar seus vídeos, tudo sem sair de casa. E o acesso a essas informações é “gratuito” e ilimitado! É como ter o mundo inteiro na sua frente, pronto pra ver tudo o que você quiser mostrar. MAS, como tudo na vida, existe o lado ruim. As bandas brotam do chão como uma praga. E diante de tudo isso, fica difícil filtrar o que presta e o que não presta. Mas isso já não cabe a nós. A verdade é que não seríamos absolutamente NADA sem a internet.


Qual a coisa mais engraçada ou inusitada que já aconteceu numa viagem da banda?
Cara, SÓ acontece coisa engraçada. Além da banda, temos uma equipe que sempre está com a gente. Fazem parte dela o Dani, o Gordo e o Fanta. Certa vez, fomos tocar em Jundiaí. Fizemos um show inesquecível, e em seguida fomos pra um restaurante fast-food comemorar e jantar. Depois de comer, pegamos a estrada. Estávamos quase chegando em casa, quando o telefone tocou. Era o FANTA, perguntando onde estava todo mundo. Esquecemos o cara lá. Depois, claro, ele quis matar todo mundo, mas ninguém conseguia parar de rir do fato. Além disso, sempre rola muita coisa que não dá pra contar aqui...sempre tem as garotas pedindo pra “perder a virgindade” com algum dos integrantes...é o rock! Pra quem quiser ver coisa engraçada, temos a TCTV, que é nosso canal no YouTube, onde publicamos vários vídeos de viagens, bastidores, etc. Acesse aí: www.youtube.com/teoriadocaos


Recentemente, vocês lançaram o primeiro clipe da banda, 'Como Um Perdedor'. De que forma ocorreu o processo de produção do clipe?

Foi muito interessante porque nós participamos ativamente do processo. Desde a idéia inicial até a edição do clipe, passando pela produção, a filmagem...tudo teve o dedo da banda. Fizemos o clipe em parceria com a SET PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS, uma empresa aqui de Valinhos. O mais legal de tudo, é que o clipe precisou de um cast de mais ou menos 90 pessoas, entre atores, banda e figurantes. Chamamos todos os amigos, fãs, fizemos promoções, e foi uma grande festa de verdade! A única diferença é que não tinha bebida alcoólica de verdade. Foram 2 dias inteiros pra gravar as cenas da festa, e mais 3 dias para as outras cenas. Foram momentos inesquecíveis pra nós, por estar junto de todo mundo, todos com o único propósito de fazer a coisa da melhor maneira possível. E acho que valeu o esforço!


Como vocês avaliam a cena underground atualmente?

Essa pergunta é muito interessante, porque apesar de termos nos lançado pra valer há pouco tempo, nós tocamos há muitos anos por aí. Desde muleques mesmo. Essa cena underground nos foi apresentada em 2005, no começo da banda, quando abrimos o show do NxZero em começo de carreira, num buteco que hoje nem existe mais em Vinhedo/SP. Naquele show, tivemos que vender 20 ingressos pra ser a primeira banda a tocar. Tocamos por volta do meio dia. Ninguém viu. Óbvio. De lá pra cá muita coisa mudou. O legal naquela época era ser sujo, fedido, hardcore porcão mesmo. Hoje, a gente vê as casas com mais estrutura, permitindo que as bandas trabalhem melhor. Vemos mais espaço. Não são só as bandas da grande panela que conseguem tocar. Tem espaço pra todo mundo. Vemos a massificação desse movimento. Hoje um show “under” pode facilmente ter mais público do que um mainstream. Tem muita gente curtindo, ouvindo as bandas, e querendo sair de casa pra ver os shows. O grande problema é que existe o outro lado. O lado ruim. Rola muita exploração das bandas que estão começando. A galera nova pagando rios de dinheiro por uma posição legal no show. O preço é tabelado. Paga mais, toca mais. Isso é ridículo. É a banalização da música como arte. Não querem saber se a banda é ruim ou péssima. Pagou? Tocou, meu amigo. Hoje graças a muito empenho, a muita gente que nos ajudou e ajuda até hoje, conseguimos superar essa fase. Mas ainda assistimos tudo isso acontecendo com amigos, com colegas de profissão. É lamentável, e eu torço muito pra que mude. Pra que a ARTE seja a moeda de troca. Que a MÚSICA seja o foco. Mas infelizmente, somos realistas e não conseguimos ver as coisas indo além do que se vê hoje. Relevando tudo isso, o importante é que existem muitas bandas boas despontando nesse meio. Temos grandes promessas.


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Matéria - A história do fenômeno gaúcho: Fresno


A história começa em 1999, quando os então adolescentes Gustavo e Pedro, fundaram a banda para tocar num festival que aconteceria no colégio em que estudavam. O primeiro ensaio aconteceu no dia 4 de dezembro de 1999.
Eis que a recém formada banda, começa a fazer suas próprias músicas, adotou o nome ‘Os Democratas’ e tinha na sua formação Gustavo, Pedro, Lucas e Leandro, que saiu da banda tempos depois. Quem entrou foi Bruno, posteriormente conhecido como Lezo, que começou a integrar a banda devido á boa atuação no festival do colégio.
No entanto, em 2001, foi descoberta uma banda que também usava o nome ‘Os Democratas’. O nome da banda teria que ser mudado. Lucas sugeriu ‘Fresno, nome que ouviu na ESPN e achou interessante. ‘Fresno’, é o nome de uma cidade da Califórnia (EUA), e também o nome de um rio e de uma árvore.
No mesmo ano, a banda sua primeira demo, ‘O Acaso do Erro’, que contava com músicas como ‘Seu Namorado é Um Idiota’ e ‘A Sete Palmos do Chão’.
Em 2003, lançam seu primeiro álbum independente, ‘Quarto dos Livros’; disco este, que se tornou artigo de colecionador, tamanha sua procura e também, sua indisponibilidade. Este trabalho, contém músicas históricas na carreira da banda, como ‘Teu Semblante’ e ‘Stonehenge’, música que foi também o primeiro videoclipe da banda.
No ano seguinte, a Fresno apresenta seu segundo disco, ‘O Rio, A Cidade, A Árvore’, lançado pelo selo RCT. Foi com este álbum que a banda começou a se destacar na cena independente, graças ao hit ‘Onde Está’, que ganhou um clipe em duas versões: a priimeira, em um show ao vivo, mostrando a interação da banda com o público; a segunda, com roteiro e atuação, enfim, um clipe ‘de verdade’.
Em 2006, a banda lança seu terceiro e mais popular disco independente, o ‘Ciano’, lançado pelo selo Terapia Records. Com este disco, a Fresno alcançou o teto do independente, com show sempre lotados e músicas na boca da galera. O grande single desse álbum, e talvez da história da Fresno, é ‘Quebre as Correntes’, que ganhou um clipe, que na época chegou a figurar no extinto ‘Disk MTV’. No mesmo ano, foi anunciada a saída de Lezo, que foi substituído por Rodrigo Tavares, que já havia produzido os dois álbuns anteriores da banda.
Eis que, em 2007, a banda é convidada a participar do Dvd ‘MTV Ao Vivo: 5 Bandas de Rock’, juntamente com as bandas Moptop, Forfun, NX Zero e Hateen. Tal ocasião, assegurou o contrato da Fresno com a Arsenal Music, de Rick Bonadio. O ano de 2007 seguiu, com shows pelo Brasil todo. Este ano, a banda entrou em estúdio pra gravar seu primeiro disco ‘manistream’, o ‘Redenção’, que já tem o single ‘Uma Música’, sendo executado nas rádios de todo o país. Logo depois do lançamento do cd, um dos fundadores da banda, Pedro Cupertino, o Cuper, anuncia sua saída da Fresno, sendo substituído por Bell Ruschell, baterista da banda Abril (RS). Com esta formação, contando com Lucas (vocal, guitarra), Tavares (baixo, vocais), Vavo (guitarra) eBell (bateria), a Fresno anda percorrendo o país, com status de banda ‘grande’. Eis que a banda chega aonde sempre sonhou: nos ouvidos do Brasil.


Os fãs
Uma coisa que marca a história da Fresno, é a dedicação que a mesma tem com seus fãs. Confira agora os depoimentos de alguns deles:
‘A Fresno foi meio que uma das bandas precursoras dessa onda de divulgar pela internet, e deram sorte nisso porque hoje em dia isso tá muito saturado, né? Antes não tinha tanto spam e as pessoas tinham saco pra ouvir as bandas. Hoje em dia é muita banda, muita informação pra absorver e esse meio de divulgação acabou ficando clichê pra caramba. Tá ficando cada vez mais difícil conquistar um espaço na internet hoje em dia. Acho que a Fresno, desde cedo, teve um marketing muito bom. Eles são criativos demais quando envolve promoção, chantagem emocional. Eles sabem persuadir os fãs de uma forma bem mais sutil do que a maioria das outras bandas.
Sem contar o já dito carinho que eles têm com os fãs. Essa proximidade toda. Não é mais novidade os membros aparecerem no Orkut por exemplo, e tirarem dúvidas, postar notícias.. enfim. Ninguém acha isso uma coisa de outro mundo. É como se eles fossem a gente ali. Como se fossem os membros.
A importância da Fresno pra mim é única. Eu nunca me dediquei tanto a uma banda e a Fresno foi a primeira banda que eu procurei conhecer a fundo, vasculhei tudo o que eles tinham a oferecer quando conheci pela primeira vez. E me surpreendi quando conheci os caras e vi que todo esse carinho que eu tinha era recíproco. Que essa ajuda toda que nós damos a eles é reconhecida.
O mais legal de tudo é ver que isso é fruto de trabalho bem feito. Que os caras acima de tudo têm talento como músicos, além de serem ótimas pessoas. Esse laço que eles têm com os fãs é uma coisa difícil de se ver se formos comparar com outras bandas da cena. Você não precisa se desdobrar em oito pra conseguir um autógrafo ou coisa parecida.’
Gabriela Fontoura


‘Eu acho Fresno, sem dúvidas a melhor banda nacional, eles juntam estilos que já é moda lá fora e trazem pra cá, coisa que até agora só eles fazem.
Reflexo disso é a evolução que veio desde um som a lá Dashboard Confessional até o Emery de hoje.
Fresno teve uma importancia enorme na minha vida, foi a banda que me levou pros festivais underground da epóca (2004,2005), me fazendo conhecer muito mais bandas, fora que eu desenvolvi uma amizade com eles, pela abertura que eles dão com os fãs, e isso se solidificou em eu ser o moderador da comunidade oficial, coisa que faço desde 2005, e hoje posso dizer que me sinto da equipe fresno, mantenho contato direto e ajudando a promover promoções, passando informações para os fãs etc.’’
Kelvin Morcilo


‘Cara, eu acho a banda um exemplo fortíssimo do que é a realização de um sonho e como a determinação pode nos levar longe. A banda é feita de 4 caras NORMAIS, simples, sem estrelismo, sempre lembrando de onde vieram e tudo o que fizeram pra chegar onde chegaram. São 4 pessoas que realmente batalharam e realizaram esse sonho de viver de música. Eles GOSTAM do que fazem. Não é uma banda que chega no ápice e só quer curtir, não quer mais tocar, fazer show, se preocupar em melhorar musicalmente. Eles sempre querem evoluir, fazer coisas novas, experimentar o que antes nenhuma banda usou aqui no Brasil.
A Fresno é uma banda ORIGINAL no Rock Nacional. Inovadora. E, o mais importante, se preocupa com a MÚSICA. Não só com hit's radiofônicos. Faz hit sem deixar de lado a ousadia, arriscando sempre com coisas novas.
Ela representa pra mim mais do que qualquer um possa imaginar. A Fresno é a banda da minha adolescência. Desde os 14 anos eu ouço e eu sinto que a banda vem CRESCENDO junto comigo. Não é uma banda que eu ouvia com 14 anos e quando cresci parei de ouvir. Há várias bandas assim. Simple Plan, My Chemical Romance... não evoluem com os fãs, fazem uma coisa já pronta porque fez sucesso uma vez e vai fazer outras e outras. Fresno não. E isso é extremamente importante. Eles acompanharam a minha evolução e eu acompanhei a deles. Por isso eu sinto orgulho quando vejo a Fresno, que antes era um sacrifício pra aparece num programa minúsculo por segundos, e agora já encabeça graaandes programas, rádios, uma divulgação imensa e concorreu (ganhou, perdeu sei lá ) a Artista do Ano no VMB 2008. E espero que isso não acabe nunca. Torço para que eu ainda me identifique com o som e as letras da banda daqui dois, três anos.’
Ronnie Romanini


‘Fresno é minha paixão.É 24h por dia.Meu orgulho,minha total dedicação.
Guris que merecem tudo o que tem e muito mais.Sabem dar valor a isso e às pessoas que estão sempre dispostas a ajudá-los,que somos nós,fãs.Enfim,me sinto muito honrada e feliz de trabalhar por eles e com eles.’
Katrine Abatti


Pra mim, a Fresno é uma das melhores bandas nacionais da atualidade. Suas músicas têm uma sonoridade magnífica e a cada trabalho novo que é produzido suas melodias amadurecem, ganham mais vida e conseqüentemente mais qualidade. Acho isso importantíssimo, pois mostra que os músicos são dedicados: estudam e amadurecem cada vez mais com o seu trabalho. Cada música nova é como se fosse um presente pra nós, fãs, que crescemos com eles só por acompanhá-los nessas evoluções. Eu fico muito feliz ao ver o progresso de uma banda assim, que pelo segmento tem tudo pra cair na mesmice (como dezenas de outras bandas que são reconhecidas nacionalmente, mas que não agüentamos mais ouvir falar de seus nomes). O carinho que eles têm com os fãs e a relação que eles mantém conosco são muito importantes para mim e para todo mundo! Mantendo estes laços estreitos podemos amadurecer melhor juntos e este foi um dos maiores ganhos que eu tive desde os meus 14 anos, quando os conheci, até hoje.
O mais legal disso é que dá pra notar o amadurecimento na própria comunidade do Orkut da banda! Só pelo nível das discussões e do modo com que cada fã escreve por lá, dá pra notar que a Fresno é uma banda que acrescenta muito conhecimento em nossas vidas. E isso desde a emuxinha de oito, doze anos até o tiozão de vinte e cinco (ou até mais)
Marina Bellini


‘Falar de Fresno pode ser fácil, mas pode ser difícil para um fã um pouco antigo como eu. comecei a gostar de fresno do nada a cerca de 4 a cinco anos atrás, não tinha nenhuma prevenção e muito menos sabia pronunciar o nome da banda que bombava na internet monstruosamente.

Lembro que ouvi em uma lanhouse perto de casa tocando algumas musicas da banda, o dono da lan curtia a banda e eu fui procurar na net quando cheguei em casa, talvez não tenha sido amor a primeira vista com a musica mas foi sem duvida amor eterno pelas musicas feitas por eles.

Eu considero que exista vários tipos de fãs:

- Os estéticos pelos integrantes, mas fieis as musicas -
Os estéricos somente pelos integrantes, não tão nem ai pra banda, querem os integrantes (marias baquetas)

- Os que consideram a banda quase uma família, aqueles que ajudam em tudo tão sempre prontos para qualquer coisa e não olha somente a beleza nas musicas enxergam os defeitos e não se sentem obrigados a gostar de todas as musicas.

- Os fãs normal que conhecem 2 ou 3 musicas e sabem o nome do vocalista.

- Os individualistas que querem a banda somente para eles, não votam, não ajudam não fazem nada, querem que a banda volte para o sul e faça musicas na internet e tudo beleza.

Acho que me considero o terceiro fã, o que considera ele uma família, to sempre empenhado em ver o crescimento da banda como um todo. acho que quando isso aflorou em mim a 2 anos atrás me tornei um fã de verdade da banda, resolvi que iria fazer a diferença e ajudar a banda.

cada dia que passo admiro mais o trabalho deles, não canso de ir em show de velos ou ouvir aquele sotaque gaucho forçado para não ser perdido.

Um auge na minha vida como fã e na vida deles foi o VMB 2007 que levaram o premio de revelação, isso foi tudo, pois quando ganharam eu senti em meu coração que aquele premio também era meu, pois havia votado massivamente criado milhares de e-mail e perdido noites de sono por uma causa nobre, e quando fui ao churrasco oferecido por eles, nossa, não me cotia em alegria.

Acho que sou um bom fã da banda, não sei até quando vou ser tão viciado neles, espero que por muito tempo, mas quero passar isso a meus filhos, mostrar que fui um fã saudável dentro dos limites e que ajudei muito uma banda não qual as musicas eu sentia identificação.’

Guilherme Pazini


Entrevista
Nesta conversa, o guitarrista Vavo, conta sobre os perrengues, experiências, sobre a fase atual da banda e deixa uma mensagem para os fãs.


Qual foi o maior perrengue que a Fresno já passou, desde da época 'Democratas'?
Ah, com certeza foram vários. Na primeira vez que viemos de Porto Alegre pra São Paulo, em 2003, o contratante sumiu e ficamos perdidos numa das maiores cidades do mundo sem nunca ter pegado um metrô na vida. Tivemos que nos virar e dar um jeito de ir ao Hangar 110, numa época em que os celulares não funcionavam fora do estado. O cara não apareceu no show e dormimos na casa de umas amigas. No outro dia, um amigo nosso que fizemos no dia nos apadrinhou. O contratante só foi aparecer no terceiro dia, e além de tudo não pagou o combinado. Não tínhamos dinheiro pra comprar as passagens de volta.(risos).


A banda tem três discos independentes, 'Quarto dos Livros', 'O Rio, A Cidade, A Árvore' e 'Ciano'. Quais destes trabalhos, vocês consideram o mais coeso e bem produzido?

A melhoria da produção foi uma evolução. Dentre esses três, o melhor é o Ciano, sem dúvidas.


A Fresno agora se encontra numa fase 'manistream'. Qual as maiores diferenças e dificuldades que vocês sentirão com essa transição?
Olha, agora a gente cansa bem mais. Tem compromisso todos os dias, muitas viagens, poucas horas de sono. Isso acaba com a resistência de qualquer um. Mas temos que estar preparados, com a saúde em dia. Claro, agora a gente não se preocupa mais em marcar shows, comprar passagens, carregar equipamentos, etc. mas o trabalho vem em dobro. Isso é bom, sinal que tudo está dando certo.


Qual o show mais 'surreal' que a Fresno já fez?
O Ceará Music de 2006 foi muito surreal pra gente pois éramos uma banda independente e lá estávamos nós pela primeira vez num mega-festival, junto dos maiores ícone da música brasileira (Jorge Ben Jor, D2, Cidade Negra, etc.) encerrando o festival. Este dia foi muito legal.


Que conselhos vocês dão pras bandas que estão começando?
Procurem ser originais. Não tentem imitar alguma banda achando que este é o caminho do sucesso, porque não é. Estes espaços já estão ocupados, vocês têm de criar o teu. Divulguem bastante, também de forma original, de preferência. Spam em fotolog e orkut não vale, as pessoas não vêem. E ensaiem bastante e toquem. A banda tem que estar a ponto de bala.


Se pudessem mandar uma única mensagem pros fãs, o que diriam?
Uma só? Fãs: vocês são o nosso combustível. É por isso que continuamos aí firmes e fortes



Até semana que vem, com mais uma matéria. Abraços!



Saiba mais em:
Site - http://www.fresnorock.com.br
Fotolog - http://www.fotolog.com/fresnorock
MySpace: - http://www.myspace.com/fresnorock



Foto – Gustavo Vara (http://www.flickr.com/gustavovara)


Entrevista - Take 72


Realizando shows em toda a cena paulista, a banda Take 72, vem aos poucos conquistando seu espaço. Formada por Lucas Fonseca (vocal), Faelo Bianchi (guitarra), Thy Zancheta (baixo), Bruno Marx (guitarra) e Thiago Viana (bateria), a banda acaba de lançar seu mais novo EP, apresentando a sua nova formação.
Confira agora o papo com a banda.


Como se conheceram e como formaram a Take 72?

Bom, nos conhecemos há um bom tempo atrás, nem éramos Take 72 ainda.

Começamos no colégio como a maioria das bandas com a idéia de fazer sons covers mesmo, nada sério. Em pouco tempo sentimos a necessidade de expor nossas idéias em forma de música e aí então começamos a compor. Porém com essa formação que estamos e podemos chamar de Take 72 tem muito pouco tempo, uns 3 meses talvez.



Recentemente, vocês lançaram um novo EP, com as músicas ‘Lembranças’, ‘Cada Vez’ e ‘Você’. De que forma ocorreu o processo de composição e produção deste trabalho?

Isso, na verdade não é nem um EP oficial, demos esse nome de EP pois não havia como colocar outro nome a não ser esse!(risos) Eram músicas já até que antigas da banda, que passaram por um processo de reformulação para serem gravadas como estam hoje, a não se “Lembranças” que é uma música nova mesmo.

Até o início do ano que vem gravamos mais umas 2 ou 3 músicas como pré produção do nosso disco oficial e aí fechamos com isso o EP.



A banda tem um fotolog e uma página no MySpace. Qual a relação de vocês com a internet?

Pô cara acho que hoje não só nós mas como todas as bandas da cena precisam muito da internet, é uma ferramenta essencial e porque não dizer totalmente necessária para novas bandas.

Utilizamos muito dela para fazer divulgação de shows, sons, e estarmos mais perto da galera que conhece nosso som, principalmente quem está fora de São Paulo.



De que forma vocês avaliam a cena underground atual?

A cena está crescendo de uma forma descontrolada que hoje em dia qualquer pessoa que tenha um pc bacana e alguns microfones grava seu som em casa e já tem uma banda.

Isso por um lado é bom, porém existem pessoas que levam o assunto banda como brincadeira, e com isso não fazem um trabalho sério. Isso acarreta em um problema muito grande pois os produtores de shows e eventos começam ver esse tipo de coisa acontecendo e tratam algumas bandas sérias como se fossem essas que não tem credibilidade alguma.

Aproveito e deixo meu aviso, respeitem mais a música e a cena!


A banda tem um Fã-Clube Oficial, que ajudam vocês a ‘administrar’ os fãs. Qual o contato de vocês com essa galera?

Sim temos um FCO que é administrado pela Cintía, novo porém está funcionando legal, ela ajuda muito em divulgação e o que mais for preciso.

Já o contato com a galera da internet eu gosto muito de cuidar, não só eu como a banda toda, conversamos e respondemos todos mesmo que nos deixam mensagens e recados no orkut e em qualquer que seja a forma de contato.


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Matéria - A cena e a Internet


Em meados dos anos 90, quando a tecnologia não estava tão presente entre nós, a cena independente fazia o que podia pra se virar. As bandas usavam fitas K7, e até cartas pra divulgar seu sons a outras bandas e produtores. Eis que surge a internet, e facilita tudo pro underground e até pro manistream.
Definitivamente, a cena não seria o é que hoje sem esse meio de comunicação que abrange a todos, e que leva ao mundo sites como Fotolog, Orkut e MySpace. Tai, da banda Vouten (RS), diz como a cena estaria hoje sem a internet: ‘Com certeza bem menor do que está hoje. A internet acabou sendo um meio de tu divulgar a tua banda sem sair de casa, claro que isso ajudo MUITO a cena independente, e para muitos isso piorou por causa da venda de CD's. Mas acho que sem a internet, hoje teria uma redução muito grande de divulgação de bandas, porque querendo ou não, na minha opinião a internet é o meio mais forte de comunicação. A cena independente cresceu por causa da internet, porque uma banda independente antigamente gravava um single e tentava as rádios; hoje é diferente, a banda grava um single e antes de qualquer coisa, divulga para TODOS na internet , para depois chegar aos ouvidos dos chefões.’

Toda e qualquer banda que nasce hoje no país, já visa a divulgação via internet. Barros, da banda Envydust (SP), explica qual a importância da internet pra divulgação de uma banda: ‘Pô, hoje em dia internet é simplesmente o meio mais importante para a divulgação de qualquer tipo de trabalho artistico, principalmente o músical. Antes as bandas não tinham muito pra onde correr a não ser zines, jornais, flyers, tv e o boca à boca mesmo. Agora com a internet tudo fica mais facil, pois qualquer um pode fazer uma banda e sair divulgando ela por ai. Ferramentas como Fotolog, Orkut, MySpace e agregados são os principais meios de divulgação para as bandas, e sem essas ferramentas o trabalho fica muito mais complicado. Agora, antes de qualquer divulgação as bandas precisam ralar muito peito e aprender a tocar, pois o que mais se vê por ai é uma molecada pagando de gatinho nas fotos, um MySpace todo bonito, mas fazendo um som miado e totalmente sem pegada. Por isso fica a dica: antes de sair por ai divulgando sua banda, certifique-se dela ser uma banda de verdade! (risos)’
Mas também há o lado negativo de tudo isso. A banda pode até se tornar ‘chata’ por tanta divulgação. Beto, vocalista da banda Seks Collin (SP), explica como uma banda pode fazer uma boa divulgação virtual, mas sem ser inconviniente: ‘Os divulgadores acham que podem "vencer" a galera pelo cansaço e acabam jogando qualquer e todo tipo de informação em um único envio pra toda a galera... felizmente isso não é possível. Ninguém se interessa por mesmice e simplesmente acaba deletando qualquer tipo de informação poluída, muitas vezes ( como eu sempre faço ) antes mesmo de lê-las.
Então eu sempre achei que falta criatividade na hora de elaborar os famosos SPAMs. Não digo que nunca mandei um SPAM, mas digo que todo envio múltiplo que eu fiz foi filtrado da melhor maneira possível, tanto em relação ao conteúdo quanto em relação aos destinatários. Sem contar a preocupação que tive ao elaborar algo mais criativo e chamativo; que isso, quando é bem feito, a própria galera divulga.’
Mas, há bandas que cresceram com base na internet. O exemplo mais conhecido, a banda Fresno (RS), chegou há uma grande gravadora, graças á sua divulgação na rede. O guitarrista da banda, Vavo, explica qual o lado bom e ruim de se divulgar uma banda pela internet: ‘A internet permite que a música chegue muito mais rápido aos ouvidos das pessoas. Se antigamente era necessário esperar a música tocar na rádio, ou mesmo ir até a loja comprar o cd, hoje em alguns minutos se consegue escutar a música desejada pela internet. Além disso, a internet está presente no mundo inteiro, o que permite que as bandas divulguem seu material homogeneamente no país inteiro, por exemplo, em vez de começar apenas na sua cidade para depois tentar vôos maiores.
Temos como lado ruim a possibilidade de pirataria, principalmente quando algumas pessoas conseguem um álbum antes de ele sair nas lojas e o coloca para download, estragando o impacto da surpresa. Isso aconteceu com nosso último disco, o Redenção. Eu vejo como uma outra desvantagem essa facilidade "em excesso" de gravar e disponibilizar as músicas. Algumas bandas poderiam ser melhor lapidadas antes de gravar e lançar um material. O mercado (e os ouvidos e ipods das pessoas) estão saturados, com muitas bandas e muitas músicas, dadas as facilidades do mundo moderno. Esse filtro deveria ocorrer naturalmente.’
Bem, conforme tudo o que foi dito acima, a divulgação virtual dá muitos resultados positivos, se for feita da maneira adequada. Certifique-se também que sua banda está pronta antes de ser ‘espalhada pelo mundo’. Até a semana que vem!



Bandas citadas nesta matéria:
Vouten - http://www.myspace.com/rockvouten
Envydust - http://www.myspace.com/envydust
Seks Collin - http://www.myspace.com/sekscollin
Fresno - http://www.myspace.com/fresnorock



Foto – Luringa (http://www.flickr.com/photos/luringa)

Entrevista - Marimoon


Ela começou a aparecer para o mundo graças a internet, via fotolog. Não demorou muito para que revistas e sites a chamassem para reportagens, graças ao seu estilo descolado. Atualmente, Marimoon é vj e apresenta o 'Scrap MTV', um programa onde são abordados temas atuais, juntamente com moda, internet e música.
Confira agora o papo com a Mari.


Você se lembra como ocorreu seu primeiro contato com a internet?
Vagamente... Eu estava no colégio e me apresentaram a BBS. Lembro de ficar muito facinada com a possibilidade de falar com pessoas que estavam muito longe através de um computador, que era algo que eu já curtia desde os 6, 7 anos de idade.


Muitas meninas se inspiram em você em vários aspectos, como os cabelos, por exemplo. Como era a Mari adolescente?
Eu era grunge, usava calça jeans rasgada no joelho, All Star preto ou mini saia e coturno (que eu uso até hoje) e sempre delineador preto nos olhos. Não me dava muito bem com o resto do colégio uma época, porque eram todos mauricinhos e patricinhas. Eu andava sempre com o meu walk-man e fitas K7, porque ainda não tinha mp3 player obviamente (risos). Nunca tinha visto tinta de cabelo colorido, mas já tinha muita vontade de pintar o cabelo, que era totalmente natural, sem nem relexos nem nada. Era castanho claro, com pontas loiras.


Em termos de música, o que você anda ouvindo, e que banda tu destacaria na cena independente?
Gosto muito de rock em geral, ouço sempre muita coisa das antigas tipo Led Zeppelin, Beatles, Stones... Das bandas brasileiras independentes eu sou muito fã de Vanguart (folk), Seychelles (rock), Móveis Coloniais de Acaju (ska), Mamma Cadela (psicodélico)... Sempre falo pra galera passar no meu last.fm (http://www.lastfm.pt/user/mari-moon) pra ver o que eu tenho ouvido, adoro esse site!


Em 2007, foi lançada a linha ‘Missbella by Marimoon’. Como surgiu essa idéia, e há pretensão de ser lançada outra coleção como esta?
Foi uma parceria que rolou muito legal com uma marca jovem ótima. Tivemos uma resposta muito boa, mas a MissBella está mudando de público e eu estou dando uma pausa na minha vida de estilista porque demanda muito tempo e dedicação e agora estou muito dedicada à Mtv. Minha loja online continua, mas agora mais focada em produtos de outras pessoas que tem trabalhos que eu admiro bastante.


De que forma apareceu o convite da MTV para você se tornar apresentadora do ‘Scrap MTV’. Qual foi tua reação com essa proposta?
Eu e a Mtv já éramos amigas a um tempo. Em agosto de 2006 fui capa da Capricho, e algum tempo depois a MTV viu essa matéria, que falava da minha forte presença na internet como a brasileira mais visitada do fotolog e me convidou para participar do Vidalog, um programa tipo reality show. Depois me convidaram duas vezes para ser entrevistada no Ya!Dog e em 2007 pediram para eu fazer testes de VJ. No final de ano me disseram que eu havia passado e que teria um programa só meu. Fiquei passada, não achei que fosse passar, afinal minha única experiência com TV foi como entrevistada. Fiquei muito feliz e vi que estavam botando muita fé em mim para me colocar de cara apresentando um programa sozinha e ainda por cima ao vivo!


Grande parte dos adolescentes atualmente, pertencem á alguma tribo. O que pensa disso?
O ser humano só vive em sociedade. Ele precisa de gente igual a ele, precisa de um grupo com quem ele se identifique, faz parte da nossa natureza encontrar a nossa "tribo". Elas sempre existiram e conforme o tempo passa, a história da humanidade vai mudando e as tribos obviamente também.


Mari, muito obrigado pela conversa! Deixe um recado pros leitores do News Rock.
Beijo grande para todos! All you need is love! ;)