segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Matéria - Guitarras e guitarristas


Pra maioria do pessoal que curte música, mais especificamente o rock, o instrumento mais cultuado é a guitarra. Isso se deve a grande idolatria a nomes como Jimi Hendrix, Chuck Berry, e mais recentemente, Slash e Tom Morelo. A maioria das pessoas que se interessam pelo instrumento, começam a fazer aulas. Ou aprendem sozinhas, no instinto, como Gee Rocha, guitarrista do NX Zero, que desde de os sete anos de idade, já se interessava pelo instrumento.
Na cena independente, existem muitos guitarristas talentos e dedicados. Tai, guitarrista da banda Vouten (RS), diz como começou a se interessar por música, e mais precisamente, pela guitarra: ‘Eu sempre achei desde piá a música uma forma de me sentir bem, de resolver os meus problemas.

O interesse foi totalmente independente, uma coisa que só eu via, geralmente é por amigos, ou familiares que são músicos, mas não, até porque não eu tinha nada disso na época, e foi uma coisa que eu aprendi a levar comigo até agora e hoje eu posso dizer que a música é o meio de trabalho que eu gosto e que eu resolvi ter comigo durante toda a minha vida.

A iniciativa de tocar foi bem engraçada hehe, nunca tive opurtunidade de ter uma guitarra, até porque meu pai não acreditava na minha capacidade, e achava que vida de músico era coisa de vagabundo. Nos meus 10 à 11 anos eu tinha uma banda com dois integrantes, o baterista que tocava num balde, e eu que tocava num sarrafo de madeira com cordas de naylon (que eu roubava das vara de pesca do meu pai), a partir daí a minha vontade de tocar guitarra só aumentou. Aos 13 anos ganhei minha 1ª guitarra, porque eu passei de ano e meu pai deu ela, usada ainda, mas deu. Com o tempo, a vontade e interesse de tocar só aumentava e eu passava o dia inteiro vendo cifras e pedindo ajuda para um colega de classe meu que tocava a mais tempo, na real ele me deu a base de tudo e o resto foi só um empurrão!’
Depois das aulas e tudo o mais, é necessário aquirir um bom equipamento. Gah, um dos guitarristas da banda Fake Number (SP), disserta sobre seu ‘setup’, e tenta dar uma dica pra quem montar um equipamento razoável: ‘Guitarra: SG Epiphone g400 e SG Epiphone Gothic, e vou comprar agora uma Flying V, da Gibson. Pedais: boss Metalzone, afinador da Korg, boss noise Supressor, delay Behringer. transmissor da Audiotechinica.

Conforme diria meu irmãozão Peres: 'msg é osso' - eu digo 'dica é osso’(risos)’
Alguns músicos, como Lucas Silveira, vocalista da Fresno (RS), desenvolvem a técnica de cantar e tocar simultaneamente. É o caso de Daniel, da banda Radiocore (RS), que diz como é a experiência de cantar e tocar ‘ao mesmo tempo’: ‘Cara, cantar e tocar ao mesmo tempo é algo foda. Difícil explicar em palavras a sensação. Pra mim, é uma sensação maravilhosa, porque, normalmente quem consegue fazer os dois, como eu, acaba por compor a música toda, não só letra, ou só a melodia.

E ter uma gurizada cantando a música que tu mesmo compôs sozinho é fora do comum. Tu puxar um refrão e deixar que todo mundo cante a letra e tu só conduzindo o baile tocando qualquer instrumento é o sonho de todo mundo que tem banda. Acho também que é um processo que fica mais fácil de ser realizado, quando feito no começo quando se está aprenendo a tocar, mas nunca é tarde pra treinar e aperfeiçoar.

Eu já pensei em abrir mão da guitarra e ir só pro vocal, mas a energia de fazer as duas coisas é viciante e praticamente impossível hoje em dia de deixar uma delas de lado.’
Mas a melhor parte, segundo os músicos, a melhor parte disso tudo, é viajar o Brasil fazendo o que você mais gosta: tocar. Patrick, o outro guitarrista da banda Vouten, diz o que pensa disto: ‘Acho que uma das melhores coisas que um músico pode fazer é juntar os equipamentos e cair na estrada com seus amigos. Eu não vejo conjunto com mais entrosamento que a Vouten, e quando a gente está na estrada, provamos isso’
Mas, e se essa galera toda não fosse músico? Marquinhos, também da Radiocore, diz que: ‘Nunca parei pra pensar nisso na verdade. Desde guri tinha vontade de ter banda, tocar guitarra e cantar, via os shows do Guns, o Slash mandando uns solos cabulosos e isso sempre me inspirou a ser musico...
Mas se eu não fosse guitarrista, acho que seria fotógrafo sem duvidas, é a segunda coisa que mais gosto de fazer.’
Bom, depois de toda essas dicas e impressões sobre a vida de guitarrista, não fica difícil imaginar porque este é o instrumento mais cultuado do mundo. Até semana que vem!



Bandas citadas nesta matéria:
Vouten - http://www.myspace.com/rockvouten
Fake Number - http://www.myspace.com/fakenumber
Radiocore - http://www.myspace.com/radiocorebanda



Foto – Orelha (http://www.flickr.com/photos/orelha)

Entrevista - Restart


Conquistando aos poucos um público fiel, os paulistas do Restart acabam de seu lançar seu novo EP. Formada por Pe Lanza (baixo, voz), Pe Lu (guitarra, voz), Koba (guitarra, vocais) e Thomas (bateria), a banda começa a ficar conhecida na cena, graças a seu powerpop muito bem feito.
Confira agora o papo com a banda.


Como se conheceram e como formaram a Restart?
Nos conhecemos no colégio, a mais ou menos 5 anos atrás, com uns 12 anos cada um. Conversa vai, conversa vem descobrimos gostos musicais parecidos e resolvemos nos juntar, Pedro Lucas, Thomas, Lucas (Koba),Pedrinho e mais um amigo, para tocar aquilo que gostávamos de ouvir. Nasceu aquilo que mais tarde se tornaria o Restart. Depois de um ano tocando com essa formação resolvemos dar um tempo pra só mais tarde voltarmos a tocar juntos. A idéia de se unir de novo, veio do Thomas, com um concurso de bandas que teve em seu colégio.

O que era pra ser só mais uma brincadeira reacendeu em nós o sonho de ter uma banda. Surgiu então a C4, projeto que rendeu pra gente além de amadurecimento musical, uma galera fiel e uma série de shows legais por várias casas do cenário underground paulista. Após uma longa caminhada com a banda, surgiram novas influências, conceitos, e achamos que a mudança no nome, no visual e na música levaria-nos a um novo patamar.

Após um longo e intenso período de conversas, composições e gravações vêm ao público a EP intitulada ‘Breve História’, e com isso o nascimento oficial da Restart.



O mais recente EP da banda, conta com s músicas ‘Recomeçar’, ‘Vou Cantar’, ‘Amanhecer no Teu Olhar’ e ‘Breve História’. De que forma ocorreu o processo de composição e produção deste trabalho?
Com as mudanças ocorrendo, nos demos um prazo de transição. Tínhamos duas músicas já engatilhadas (‘Breve História’ e ‘Amanhecer no Teu Olhar’) e em cerca de dois encontros conseguimos compor as outras duas (‘Vou cantar’ e ‘Recomeçar’). No entanto, o flerte com os eletrônicos veio só mais tarde, no processo de pré-produção da EP. Passada a fase de composição, decidimos gravar no Supernova, estúdio do Thi e do Navega, integrantes do Quarter, e que além de darem uma puta força na produção tornaram-se irmãozassos da banda.

Tínhamos um mês pra compor, gravar e lançar o trabalho. Foi um mês cansativo de muita intensidade, mas conseguimos deixar as músicas do jeitinho que esperávamos no prazo estipulado.



A banda tem um fotolog e uma página no MySpace. Qual a relação de vocês com a internet?
Achamos que hoje em dia, a internet é o principal meio de divulgação pra qualquer banda. Para a gente não é diferente. Fazemos diariamente o trabalho de divulgação pelo Orkut e fotolog. E é também pela internet que percebemos se a galera está realmente curtindo o nosso trabalho.


De que forma vocês avaliam a cena underground atual?
Achamos que a palavra certa seria justa. Hoje em dia cada vez mais bandas novas têm oportunidades pra tocar não só em seu estado, como por todo Brasil. Ta rolando tanto uma democratização de espaço para se tocar quanto uma aceitação cada vez maior do público para estilos diversos de música. Com isso vemos mais bandas novas, que hoje em dia tem menos medo de mostrar seu som seja pra quem for. Com o fácil acesso a gravação, também percebemos o aumento na qualidade sonora das novas bandas, o que fortalece ainda mais esse cenário.

Ainda somos novos na cena, temos muito que aprender, mas acreditamos que ela é uma importante alavanca pra qualquer um que queira adentrar no mainstream, e pode sim, com a quantidade de novidades cada vez mais legais aparecendo, se auto-sustentar daqui um tempo.



A banda tem um Fã-Clube Oficial, que ajudam vocês ‘organizar’ os fãs. Qual o contato de vocês com essa galera?
Acreditamos que uma banda é feita principalmente pelas pessoas que estão em volta, curtem o som e de alguma forma passam o trabalho pra frente. Procuramos ter o contato mais próximo possível com todo mundo que vem falar com a gente, seja pessoalmente, por MSN,Orkut e afins. E podemos dizer que nossos fãs são especiais. Acompanham a gente em tudo, e sempre, sempre mesmo, dão o maior apoio pra qualquer decisão que a banda tome. Parece clichê dizer isso, mas junto com eles e a galera da produção formamos literalmente uma família denominada Restart.



Ouça - http://www.myspace.com/rockrestart

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Matéria - To Write Love On Her Arms


A ‘To Write Love On Her Arms’ ou TWLOHA, é uma campanha anti depressão/suicídio. Tudo começou quando uma garota americana, Renne, ao tentar suicídio com 5 cortes no pulso, escreveu "FUCK UP" em seus braços, com seu próprio sangue. É daí que surgiu o nome da campanha ‘To Write LOVE On Her Arms’ (‘Para escrever AMOR nos braços dela’); 5 dias depois do acontecido, a campanha foi criada na Flórida.
Algumas bandas de renome nos EUA, como Paramore, Copeland, Switchfoot e Anberlin, apóiam a campanha, que foi aderia até por Miley Cirus, a ‘Hannah Montana’.
No Brasil, a causa está se tornando popular, principalmente na internet, graças á divulgação de bandas como a Fresno (RS), por meio de principlamnte, do vocalista Lucas e do baixista Tavares e a Fake Number (SP), por meio da vocalista Elektra. Blusas e camisetas da campanha são usadas por essas e muitas outras bandas por aqui, afim de divulgar a causa. Inclusive, no site oficial da TWLOHA, podem ser adquiridas camisetas, blusas e todo tipo de acessório.
Confira agora o depoimento do Patrick, da banda Vouten (RS), sobre a campanha. Até semana que vem!


Eu conheci a campanha através da banda Anberlin. Alguns amigos gostavam da banda há um tempo e me indicaram, e ao ver alguns vídeos e fotos, acabei ficando curioso sobre as camisetas. Querendo ou não muita gente acaba correndo atrás da campanha por achar bonito o material de divulgação, ou por querer saber por que exatamente seus ídolos estão divulgando esse tipo de coisa. O que anda acontecendo ultimamente é muita gente comprar o material da campanha sem ao menos saber do que se trata, mas de qualquer forma isso acaba convertendo em maior poder da campanha, e maior divulgação também. O grande diferencial da TWLOHA é que funciona. Acredito que existam vários projetos de campanha como esse no Brasil, mas a gente não vê, de fato, nenhum deles ir pra frente. Talvez com a divulgação da campanha por parte das bandas que simpatizam com a mesma, aqui no Brasil, possa acabar por alavancar algo nacional com a mesma intenção, e que funcione tão bem quanto a To Write Love On Her Arms lá nos Estados Unidos.’
Patrick, guitarrista da banda Vouten (RS)




Saiba mais em:
Site Oficial - http://www.twloha.com



Bandas citadas nesta matéria:
Paramore - http://www.myspace.com/paramore
Copeland - http://www.myspace.com/copeland
Switchfoot - http://www.myspace.com/switchfoot
Anberlin - http://www.myspace.com/anberlin
Fresno - http://www.myspace.com/fresnooficial
Fake Number - http://www.myspace.com/fakenumber
Vouten - http://www.myspace.com/rockvouten

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Matéria - Musica + Fotografia


Do público que prestigia shows de qualquer tipo, pelo menos metade, leva consigo uma câmera fotográfica.
Mas tem gente que trabalha com isso, e leva muito a sério esse lance de ‘musica + fotografia.’ É o caso de Eduardo Romeiro, o Orelha. Pra ele, a razão de surgirem tantos fotógrafos de uma hora pra outra é: ‘Hoje em dia surgem tantos “fotógrafos” devido à facilidade de se ter uma câmera fotográfica. Claro que nem sempre são utilizados os equipamentos mínimos necessários para tal. Também percebo que o gosto pela fotografia foi deixado de lado e há hoje uma procura muito grande pelo “STATUS” que a profissão (e muitos não acham que isso seja profissão e sim hobby) proporciona. Entrar em shows de graça, conviver com ídolos e achar que é um trabalho só de prazeres faz com que cada vez mais apareçam novos fotógrafos na cena.’. E ele ainda dá o recado pra quem realmente quer levar a sério a profissão: De forma alguma desmereço quem esta começando, mesmo porque um dia também estava começando, e considero que ainda tenho muito a aprender com quem está a mais tempo nessa profissão, pelo contrario, quando posso ajudo quem me pede dicas e tudo mais, porem é muito complicado lidar com essa massa de novos fotógrafos. É preciso estudar, praticar e estudar mais ainda pra levar esse “hobby” a sério. Quem está em “alta na cena” não chegou chegando e já fez seu nome, foi preciso muito trabalho para alcançar o que alcançou e tenho certeza que os estudos não se acabaram. Aprender sempre é o mais importante! Espero que quem ler essa matéria não me leve a mau, mas sim siga como uma dica, estude, pratique e avalie os prós e contras da profissão antes de falar “Quero ser fotografo, sempre gostei muito de fotografia!”. Se esse realmente for seu desejo SEJA BEM-VINDO AO TIME!’

Quando se alcança o profissionalismo, a certas técnicas a se aprender e certos equipamentos a se adquirir. Rafael Kent, dá as dicas sobre os equipamentos e técnicas que utiliza: ‘Depois de alguns cliques decidi fazer um upgrade de equipamento, principalmente porque a vida útil do obturador XT é baixa. Optei pela 40D, e atualmente uso 3 lentes, uma lente kit 28-135 4.5-6 , a sigam 24-70 2.8 e uma nova 10-22 3.5-4.5 que ainda estou me adaptando. Sempre detestei flash, usar flash em fotos pra mim era a última coisa que pudesse fazer, depois fiz um curso de iluminação em estúdio e comecei a achar fotos com iluminação a melhor coisa. Fiz um investimento em duas tochas de 300 da atek , mais uma bateria que me permite levar elas para qualquer lugar que quiser sem precisar de tomada pra funcionar, isso me permite muita versatilidade em fotos em externa e o último investimento foi o 580 EX II, flash compacto pra usar na câmera, acredito que hoje tenha um equipamento de primeira. Sobre técnicas, eu ainda estou descobrindo algumas, a gente vai assimilando umas aqui e umas ali, criando umas próprias etc...

Tenho feito algumas assistências de foto, com fotógrafos bacanas e aprendido várias coisas legais. Mas ainda não tenho nenhuma que ache A técnica, uso várias.’
Claro que em toda a profissão, sempre há um início e a fotografia não é exceção. Um dos fotógrafos mais populares da cena atualmente, Luringa, que já fez fotos promocionais de bandas como Strike, Fresno e Glória, diz como começou a se interessar por fotografia e quando a fotografar efetivamente: ‘Desde pequeno sempre gostei muito de foto, tenho uma tia que também era fotógrafa. Sempre trabalhei em empregos ligados a fotografia, e hoje em dia trabalho só como fotografo de bandas. Comecei com a banda Food4life, em meados de 2004. Foi em um show em Santos, no qual me pediram para fotografar, fiz as fotos com uma cybershot. Desde então nunca mais parei de fazer fotos’
Júlia Lacerda, que trabalha com a banda Lipstick, conta como é viajar com uma banda para fotografá-la: ‘Viajar para fotografar acho que é uma das melhores experiências que fotógrafos podem ter, nada como um cenário novo. Mas viajar com bandas é um mundo totalmente diferente, não é uma viagem a passeio, às vezes você vai pra uma cidade que nunca foi, mas não tem nem tempo de conhecer a cidade, muito menos de fotografar.
Você entra na correria da banda, na loucura da turnê, nas noites sem dormir, nos milhares de problemas que sempre acontecem.Você conhece a personalidade de cada um e é tudo uma grande diversão na verdade. Pelo menos no meu caso, essas viagens sempre rendem histórias e risadas, e é você quem está ali pra registrar tudo’.
Se depois de ler essa matéria, você sentiu a vibe de como é trabalhar como fotógrafo de bandas, e sentiu até a vontade de seguir a profissão, fique com as dicas de César Ovalle, fotógrafo que atualmente trabalha com a banda NX Zero: ‘Começar profissionalmente no ramo da fotografia é sempre um pouco complicado pois você precisa ter um certo material para poder apresentar, e vale lembrar que se você apresenta material ruim, seu filme é queimado. Portanto, partindo desse princípio, a primeira coisa que você precisa ter é semancol. Pare, pense, analise, peça para outras pessoas analisarem o seu material (não amigos). Uma outra forma de você saber se seu material é bom ou não, é você estudando um pouco sobre fotografia, pois com o estudo o olhar crítico aprimora e você mesmo vai conseguir analisar se a foto está boa ou não. Aliás, por mim, você teria que estar estudando faz tempo pra poder querer entrar profissionalmente no meio disso tudo... nem cogito a possibilidade de você entrar nesse mundo sem saber a menos do que se trata um ISO, diafragma, velocidade, profundidade de campo e outras coisas mais. E ah! - não adianta apenas saber do que se trata, você tem é que saber como funciona... e como isso vai te ajudar a fazer essa ou aquela fotografia.

Enfim... passando por esse início básico de que você precisa estudar fotografia pra começar alguma coisa, vamos as outras dicas complementares:

#1 - Nunca tente copiar o estilo fotográfico de alguém... se inspire, mas tente criar o seu olhar;

#2 - Tente fotografar um pouco de tudo no começo, não se limite a fotografar um tipo de coisa só, deixe isso pra depois quando você já souber o que quer da vida;

#3 - Ande na rua reparando em todos os detalhes que você nunca parou pra ver (mesmo sem a câmera);

#4 - Volte em outro dia (com a câmera) pela mesma rua que andou para registrar os pontos mais interessantes;

#5 - Repita os ítens 3 e 4 constantemente;

#6 - Entre em fóruns de discussão sobre fotografia, você sempre aprende algo que não sabia;

#7 - Equipamento não é sinônimo de "elefotografamelhorporqueacâmeradeleémelhor";

#8 - Treine usar os modos manuais da sua câmera e não os automáticos;

#9 - Sua câmera digital tem vida útil, portanto, não clique tudo o que vê na frente, pense se vale a pena e se a foto renderá... o conserto não é barato;

#10 - Divulgue seu trabalho aos poucos, não queira engolir o mundo em 3 passos. Você poderá se arrepender depois de um tempo.

Bom, acredito que para um bom começo estão aí algumas dicas legais... mas o principal é aquilo que disse lá em cima: faça um bom curso, leve a sério, e coloque na cabeça que não adianta você ser apenas mais um, você tem que ter algum diferencial.

Espero que alguma dica tenha sido útil.’
Bom, depois de todas essas dicas e conselhos, só não se inicia na vida fotográfica de maneira adequada, quem não quiser.
Até a próxima matéria, sobre um outro assunto, na semana que vem!



Fotógrafos entrevistados nessa matéria:
Orelha - http://www.flickr.com/photos/orelha
Rafael Kent - http://www.rafaelkent.com
Luringa - http://www.flickr.com/photos/luringa
Júlia Lacerda - http://www.flickr.com/photos/juliabarker
César Ovalle - http://www.cesarovalle.com

Entrevista - Envydust


Comemorando o lançamento do seu mais recente álbum, 'UM', a banda paulista Envydust é uma das mais aclamadas da cena atual. Formada por Max (voz), Daniel (voz, berros), Bjar (guitarra), Che (baixo), Sheika (guitarra) e Barros (bateria), eles também lançaram um novo single, 'Meu Lugar'.
Confira agora o papo com baixista Che e o vocalista Max.


Como se conheceram e como começou o Envydust?
Che: Em 1999, eu e o Max nos conhecemos no colégio. Era sonho dos dois ter uma banda. O Max tocava no
Mike Get Out, que existia há um mês, e me chamou pra participar da banda. Em 2001, todos os integrantes da
banda saíram, sobrando apenas nós dois. Foi quando o Barros e o Daniel, que conhecíamos do colégio, entraram pra banda. Nessa época, eu e o Max tocávamos guitarra e dividíamos os vocais, o Daniel tocava
baixo e o Barros batera. Era uma banda de hardcore melódico e cantávamos em inglês. Mais pra frente nós quatro resolvemos mudar o estilo da banda, estávamos ouvindo sons mais pesados e descobrimos que o Daniel gritava muito bem. Então, chamamos o Shelka e mais um guitarrista e um violinista, que ficou pouco. Começamos a banda nova, agora com o nome Envydust. O Bjar veio mais tarde, já havíamos passado por dois outros guitarristas e finalmente, com ele, chegamos à formação definitiva da banda.



Recentemente, a banda lançou o seu segundo disco,'UM'. De que forma ocorreu o processo de produção e gravação deste trabalho?
Che: Foi um disco extremamente trabalhoso de ser produzido. Demoramos quase dois anos compondo o instrumental dele. Queríamos inovar, e realmente o disco ficou bem diferente do nosso primeiro trabalho.
Contamos com a participação de Pedro Antunes e Lineu Andrade na produção, e foi um disco muito trabalhado, cheio de participações especiais. Digamos que foi um filho que deu muito trabalho na hora do parto. Estamos felizes com o resultado.



Alguns classificam o Envydust como 'screamo', outros como'metal' e por aí vai. Qual a opinião de vocês sobre essas 'classificações'?
Che: Nós somos seis, é gente pra caralho, sempre tivemos gosto musical variado, indo da MPB ao thrash, passando por jazz e música eletrônica. Mas os estilos musicais em comum são o metal e o hardcore, e acho que
são os dois estilos que mais influenciam o som da banda. Nós não gostamos de rotular nosso próprio som. O objetivo é fazer música, ao mesmo tempo pesada e agradável aos ouvidos.



A banda tem uma página no MySpace e um fotolog. Como ocorre a relação de vocês com a internet?
Che: É, sem dúvida, o meio mais importante para a divulgação do nosso trabalho. É também o local onde podemos estar em contato com os fãs da banda. Hoje, o mundo da música e a internet estão vinculados tão
fortemente que até se confundem. É impossível separá-los e querer viver da música sem explorar esse meio, seja você uma banda underground ou mainstream.


Como vocês a avaliam a cena underground atual?
Max: As coisas hoje estão indubitavelmente diferentes de quando começamos a tocar. Quando o CPM22 estourou, todo mundo ficou impressionado, era meio esquisito ver uma banda underground conseguindo um espaço tão grande na mídia. Hoje em dia essa linha que divide o underground do mainstream vem afinando cada vez mais, e essas coisas deixaram de ser tabu. O grande público se abriu, e as gravadoras, temendo o fim,voltam seus olhos pra essas bandas underground, que são bandas "prontas", que já tem seus trabalhos consolidados, sua base de fãs, sua equipe, seu profissionalismo.
Acostumadas a não ter ajuda de ninguém, essas bandas sempre correram atrás das suas coisas, sem precisar de ninguém, e essa habilidade tem sido muito apreciada pelas gravadoras. Essa é a razão de termos visto várias bandas flertarem com grandes gravadoras depois desse boom doCPM22, como foi o caso de Dead Fish, ForFun, Emo., NxZero, Fresno e agora mais recentemente o Glória. Ainda tem muita coisa boa por vir.

Resenha - A Dança das Estações, Dance Of Days


O cd começa com “Ao que é bom nessa vida”, vem seguindo o estilo de costume da banda sem muitas novidades. O cd parece um “MIX” do cd de 2004 ("A valsa das águas vivas"), e com o álbum “Insônia”, que de algum modo dá a impressão de continuação na “ A Dança das Estações”. Com uma pegada mais tranqüila e Pop, com instrumental mais retilíneo. Este álbum desagrada um pouco os fãs mais antigos da banda, que esperavam por um som mais pesado.

Neste trabalho fica bem perceptível a poética que se comunica com a massa com um toque de cunhos sociais, e questionamento da posição de cada indivíduo na sociedade, exemplo disso fica por conta de “Pra onde eu vou” em um tom mais pop e simples misturando temas de amor e felicidade.

Uma retomada no hardcore ocorre na faixa “Sobre promessas e Tubarões”, mas nada comparado ao hardcore e da velocidade antiga no início da banda, são apenas uns desviozinhos da linha do CD.

Sem refrão e uma das mais bem elaboradas letra do grupo as canções “Os funerais do Coelho Branco 2” e “Te Prometo Estar Sempre por Aqui”, se destacam no CD sendo fiéis a essa retomada da banda, e com arranjos bem organizados e sofisticados, deixando de lado a velocidade e a música gritada.

De modo geral neste novo trabalho da banda, se formos analisar as letras, ela nos leva á reflexões das nossas posições na sociedade, no cotidiano simples que passamos constantemente, das confissões e confusões dos amores que passam e deixam marcas em diversos momentos da vida

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Entrevista - Believe


Os paulistas da Believe, estão na correria a tempos, mas só neste ano começam a despontar na cena. Formada por Dron (voz), Vini (guitarra, vocais), Fabinho (guitarra), Rik (baixo) e Abner (bateria), acaba de lançar o seu primeiro disco, 'OCiclo'.
Confira agora o papo com a banda.


Como se conheceram e como formaram a Believe?
A Believe foi formada no inicio do ano de 2006, todos eram amigos em comum, porém de bandas diferentes.
Com o passar do tempo essas bandas foram acabando, Abner veio com a idéia de formar uma nova banda juntamente com Rik e Dron, que já haviam participado de projetos anteriores. Rik foi quem batizou o nome da banda.
A Believe tinha na sua formação inicial, Dron no vocal, Marcel Araújo e Felipe Volic nas guitarras, Rik no baixo e Abner na Bateria. Em meados de 2007, com a saida de Marcel e Felipe, Abner fez um convite ao Fabinho (Ex Lost Time) que ja havia tocado com Abner. Logo em seguida, foi a vez de Vini, que morava na mesma região e eramos amigos de longa data. Hoje a Believe tem como formação: Dron no Vocal, Fabinho Oliveira e Vini Fernandes nas guitarras, Rik Blefari no baixo e Abner Campos na bateria.



De que forma ocorreu o processo de produção e gravação do primeiro disco da banda, ‘OCiclo'?
O Primeiro passo da produção do disco começou em 2006 com o lançamento da EP 'Três Pontos', na época da 1º formação, que contou com as músicas: 'Posso até Tentar', 'A Ordem dos fatos', 'Vai ser Assim' e 'Existe alguma chance de viver?', que teve uma grande repercusão e foi o embrião do disco "OCICLO". O Processo de gravação do album " OCICLO " se iniciou no 1º semestre de 2007 com a pré produção das 12 faixas em estudio .No Inicio do 2º semestre a banda iniciou a gravação do disco no Estúdio Gr, o qual foi gravado e produzido por Daniel de Sá e Luke Gomes.Após o termino das captações, as faixas foram mixadas e masterizadas por Léo Grijó, onde também foi responsavel pela produção das programações e sintetizadores .O álbum foi lançado no dia 01/08/2008 No Hangar 110 e teve a participação das bandas: Fake Number, Hevo 84, Vida e Small Shift, em um evento maravilhoso que ficará para sempre marcado em nossa vidas.



A banda tem uma página no MySpace e um fotlog. Qual a relação de vocês com a internet?
A internet é Fundamental hoje em dia não só para a Believe. mas para todas as bandas existentes no planeta. Sem ela se tornaria muito difícil a divulgação do nosso trabalho e um contato mais próximo com os nossos fãs. Diariamente a Believe recebe email de fãs de todo o Brasil, mensagens no orkut e etc. Respondemos a todos sem exceção, pois para nós é muito gratificante todo esse carinho que é transmitido a nós de todo o Brasil.



Como avaliam a cena underground atual?
A cena atualmente está em processo de mutação, com a 'saida' de grandes bandas do underground para as grandes gravadoras. De alguma forma foi benefica, pois expandiu os estilos e popularizou o som. Devido a isso, está sendo aberta as portas para diversas bandas de qualidade, que a cada dia vem se destacando no cenario, contribuindo para que "o ciclo" sempre continue.(risos). A cada dia o publico cresce e se renova , muitos jovens de 5 anos atrás ja sao adultos mas nem por isso deixaram de acompanhar o cenario. O único e maior problema, são alguns "contratantes" que muitas vezes acabam submetendo bandas iniciantes á algumas formas um tanto quanto injustas para se apresentarem. Porém, não são todos. Hoje em dia ainda há muitos contratantes de verdade e bem intencionados promovendo eventos otimos e bem organizados a cada dia.



Algumas empresas, como a ‘Meteoro’ e a ideal shop , patrocinam a banda. Qual a importância desses apoios para o trampo?
A importância desses apoios é enorme .A Meteoro, que é uma grande fabricante de amplificadores em geral acreditou na Believe e esta chegando com este patrocinio para somar. A "Ideal Shop" é responsavel pela venda de todos os nossos produtos online. Temos também o apoio da fotógrafa Aline Amaral, que foi responsavel por todos os clicks das fotos do nosso album, e da Zion Design, que cuida de todo o design da banda na internet , Fotolog, MySpace, Trama Virtual e etc.
Apoios á bandas independentes hoje em dia no Brasil são muito importantes, pois sao elas que muitas vezes alavancam bandas de qualidade ao Sucesso.